A disputa pela presidência da OAB-RO se tornou um campo de batalhas judiciais sem precedentes, com a Chapa 11, liderada pelo candidato Eurico Montenegro, à frente da estratégia de acionar repetidamente o Judiciário para contestar questões internas do processo eleitoral. Essa judicialização intensa levanta questionamentos fundamentais sobre o futuro da Ordem e revela as profundas conexões de Eurico com o Judiciário e, mais especificamente, com a Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (AMERON). Essa relação próxima traz sérias preocupações sobre a autonomia da OAB-RO e a ameaça que representa à sua independência.
atritos com figuras da magistratura, incluindo Euma Tourinho. Esse enfrentamento se transformou em um divisor de águas entre uma advocacia independente e uma Ordem que, segundo críticos, poderia ser usada como meio de ampliar a influência da magistratura.
A tentativa da Chapa 11 de judicializar as eleições da OAB-RO traz à tona a questão central desta eleição: o futuro da independência da Ordem em Rondônia. A advocacia brasileira tem uma história de luta contra interferências indevidas, e a OAB sempre se posicionou como defensora de direitos e garantias constitucionais, independentemente de pressões do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Permitir que o Judiciário ou suas associações, direta ou indiretamente, comandem a OAB seria um retrocesso que enfraqueceria a representação da advocacia e comprometeria o equilíbrio entre os Poderes.
Diante desse cenário, a escolha que os advogados de Rondônia farão não é apenas entre duas lideranças, mas sim pela manutenção da OAB-RO como uma instituição independente, livre de influências externas e comprometida exclusivamente com os interesses da advocacia. Rondônia não pode permitir que a magistratura expanda seu poder sobre uma Ordem que deve ser a casa de todos os advogados, não um trampolim para interesses alheios. A independência da OAB-RO é fundamental para a democracia e para a representatividade da classe, e esse valor não pode ser comprometido.
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