Levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil (ITB) mostra que o país gastou mais de R$ 87 milhões em hospitais por doenças de veiculação hídrica, como diarreia, febre amarela, dengue, leptospirose, malária e esquistossomose. Ao todo, essas doenças resultaram em mais de 191 mil internações. Para compor esse estudo, o ITB buscou informações na base do DATASUS – um órgão da Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, com responsabilidade de coletar e processar dados sobre a saúde pública no país.
A cidade de Porto Velho vive intensamente esse problema e o reflexo são unidades de saúde sempre cheias de pacientes com esse tipo de problema de saúde. A capital rondoniense segue no ranking negativo do saneamento básico entre as piores cidades com apenas 9,9% de coleta de esgoto, sendo que somente 1,7% passa por tratamento e o acesso a água potável é alcançado por apenas 41,8% da população.
Esse cenário nacional e regional mostra como a falta de saneamento afeta a saúde pública e o bem-estar dos cidadãos. Para fornecer e garantir condições básicas de qualidade de vida à população, é essencial que todos tenham acesso à água e aos sistemas de coleta e tratamento de esgoto.
Situação nacional
A saúde pública e o saneamento básico no Brasil estão em péssimo patamar, considerando a população nacional de mais de 211 milhões de habitantes. Os registros indicam que 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável. Além disso, cerca de 90 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de esgoto e apenas 52,2% do esgoto gerado é tratado.
As condições de saneamento precárias aumentam o número de doenças relacionadas à falta de saneamento, o que aumenta os gastos com internações e a sobrecarga do sistema de saúde.
Atualmente, os R$ 87 milhões gastos com doenças causadas por falta de recursos básicos poderiam ser destinados a outros pilares sociais, como educação, segurança e proteção do meio ambiente. O pleno acesso ao saneamento pode gerar benefícios significativos em termos sociais, financeiros e ambientais.
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